As velas do moinho rodam em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, como que regressando no tempo até ao passado. No fundo a sua presença atualmente é isso mesmo, um rever do passado da terra, de como as famílias obtinham os seus produtos, e a sua fonte de rendimento, uma revisão do trabalho pesado que muitos idosos, ainda presentes...

Fim da licenciatura. Fim de um ciclo e começo de outro. Não consigo decidir qual o mais cansativo mentalmente, se o estudo constante e os trabalhos sobrepostos, ou a procura diária e incansável por um emprego que faça jus àqueles três anos.
O processo de enviar currículos assemelha-se em certa parte ao processo de entrega dos trabalhos ou...

Nos últimos meses escrever tem sido uma missão quase tão impossível como ficar rica numa raspadinha de 1 euro.

Hoje celebra-se o dia da mulher, e por isso decidi partilhar um texto escrito há uns anos sobre os problemas que o ser mulher acarreta. Hoje é o dia em que o nosso género é felicitado e presenteado, enquanto nos restantes dias somos tratadas maioritariamente com violência e proibição de direitos. Hoje, dia da mulher, não é apenas dia...

Ao tio César:
Nunca tivemos oportunidade de nos conhecer, mas foi alguém que me deixou uma grande marca, sobretudo no meu percurso da escrita.
Foi alguém do qual a história serve como um exemplo, pois mesmo sem se ter sentado numa cadeira de uma escola para aprender como muitos
outros, deixou-nos uma obra poética impressionante. Aprendeu com...

Este foi um daqueles dias em que ficar na cama teria sido a melhor opção, ou ser uma espécie de Harry Potter e ficar no quarto, sem fazer barulho nenhum e fingir a própria inexistência.

Um copo, uma garrafa de qualquer coisa que possua uma qualquer percentagem de álcool...
O copo torna-se dispensável e inútil, contrariando o caráter essencial da garrafa.

A cabeça lembra uma bomba-relógio, sem temporizador. Pode explodir a qualquer momento, qualquer hora, qualquer lugar, ninguém sabe. Funciona como a morte, só se sabe quando acontece.

Ao fim de dois anos regressei à casa do avô. Não voltei a pisar o interior, mas acredito que tudo se mantivesse igual, desde o pó dos móveis até às mantas dobradas em cima da arca, agora já com os rebordos desfeitos pelos animais que deles se alimentam, e pelo tempo.

O padrinho já não está cá, a madrinha está sozinha, os filhos sem pai, os netos sem avô. O avô também já foi. As únicas semelhanças entre os dois são os filhos sem pai e os netos sem avô. Ninguém do mundo terrestre tem mais o privilégio da sua presença, da sua recepção calorosa, e da alegria por companhia.

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